sexta-feira, 30 de março de 2012

Série Viajante Solitário - Conto 02



Estrondo.
O repentino vento gelado e úmido, as gotas que vão caindo e a correria dos animais no campo anunciam mais uma força irremediável da natureza, sob a vontade do Criador. Chove. A prova que há vida.
Observo. Solitário.
O calor se torna frio pois o vento joga a água com violência sobre mim, mas fico alegre apenas pela energia, o aroma de terra e de vida. Quase nem respiro pelo quanto desse líquido divino que escorre pelo meu rosto. Vejo os rios dele que se misturam às lágrimas que exulto de alegria pela vida. Levam junto com minhas dores o alimento da Terra. Quando caem no solo fortificam plantas e nutrem árvores, assim como vão alimentar rios e lagos. Imagino o quanto de seres não exultam como eu pela vida que há nessas águas, microscópicos ou não, da terra ou dos mares e rios. Peixes, anfíbios, moluscos, répteis, enfim. Os rios conduzem vidas, cada uma com particularidades tais que se deduz que o planeta foi feito só para ela; um pequeno molusco a vencer a correnteza do rio prova isso, pois para ele sua jornada é tudo de mais importante no mundo. E a  água que desceu do céu  com violência veio ser berço de novas vidas. Estrondo.
Uma luz, uma brilhante luz, uma lufada de vento e o som ensurdecedor concluem irrefutavelmente, nós somos o mundo, fazemos o mundo, ele é nosso.
Vi tudo isso com olhos que saltam da minha face e viajam por lugares  ilimitados em dimensões inimagináveis pois penetraram no âmago de um rio e puderam acompanhar um ser microscópico lutando pela vida com garra. Mas é só isso ? Não, pois enquanto ainda recebia cargas de chuva sobre meu corpo, sentado no campo, deixei viajar.
E eles subiram, levados pelo vento, carregados de júbilo aos céus, atravessando nuvens carregadas de água e eletricidade latente, fontes de vida e de energia, indo acima delas. Chegando a pontos onde se podia observar todo o complexo deste planeta, a girar de forma inabalável, no ritmo determinado pelo Criador, calmo e sereno embora ciente de tudo o que se passa nele.
Meus olhos viam povos e nações, continentes, vendo o nascer do sol e seu ocaso subsequente, em ritmo constante como um relógio. Cadeias de nuvens e ciclones como manchas no papel, quase a ponto de toca-las e com um sopro, mudar sua forma. Capricho.
Qual a cor que os gases na atmosfera da Terra, tocados pela luz do sol deverão sugerir?
Terá Ele feito a Si essa pergunta??
Azul, pois é lindo e suave como a paz que eu quero que domine este lugar
Digo eu "A saber no que se transformou nossa casa, Pai, o que farás?"
 
Mas tudo continua lindo, os mares refletindo o brilho da estrela me lembra o lago ainda antes da chuva, onde estava sentado observando as ondulações brilhantes causadas pelo vento.
Uma esfera, não tão perfeita, circundava meus olhos lacrimejantes de emoção. Sinto algo presente, observam-me quase como se me chamassem. Resisto em olhar fascinado pela Terra, é quando insistem tanto que volto meus olhos.
O Universo.
Ele reclama atenção, e começo a perceber o quanto é lindo e inalcançavel. Dimensões imensas, estrelas, planetas, asteróides, galáxias, objetos de todas as grandezas, cores e formações. Cada um com particularidades implícitas somente a eles próprios, razões do Criador, verdadeiras pinturas e tão complexos quanto de onde vim. Trarão vidas? Terão detalhes como a Terra? Sobrevôo pelo espaço e me integro a tudo por um instante, vejo realidades que se diferenciam tanto do que conheço que chego a me assustar. É lindo e aterrador.
E lá, o meu lugar? Onde está?
Olho ao redor e quase não o encontro, está distante como...
Deus, um homem jamais poderá ter esse direito de observar tudo como a ti, pois percebo que a Terra nada mais passa de um grão de areia. A pouco estava integrado à maravilha microscópica de um ser vivo em meio às águas do rio, lutando pela vida, e senti-me senhor da Terra. Agora vejo que a própria Terra é um ser microscópico lutando pela vida.
E o homem, onde fica?
Meus olhos retornam da viagem, abro vagarosamente.
A chuva cessou, o campo verde respira vida e o sol vem coroar o resto do dia. Meu corpo está completamente molhado e meus pés no chão enlameado. Olho ao redor, estou em casa. No céu azulado desponta um arco-íris, e ao sentir tanta alegria uma voz encheu-me dizendo: "Seja você mesmo e não se preocupe com o que não se deve preocupar. Viva e lembre-se de que você sou eu porque eu te fiz."
Eu nunca posso dizer que estou viajando sozinho porque sempre há alguém comigo, mesmo agora quando espíritos oram por mim, dando-me a inspiração de que necessito.

Levanto-me frio e úmido, mas ao invés do trovão o que ouço ao meu redor é o canto de pássaros que acompanham-me por quilômetros.

terça-feira, 27 de março de 2012

CAPÍTULO VIII – BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO

JESUS Mt 5:8 , Mc 10:13-16 e Mt 5:27-28

“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.”
“Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhe assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não
entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava.” “Ouviste que foi dito aos antigos: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo o que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já no seu coração adulterou com ela.”

KARDEC

A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo de humildade.
A verdadeira pureza não está apenas nos atos, mas também no pensamento, pois aquele que tem o coração puro nem sequer pensa no mal. Foi isso que Jesus quis dizer condenando o pecado, mesmo em pensamento, porque ele é um sinal de impureza.
A pessoa que nem sequer concebe o mau pensamento, já realizou o progresso; aquele que ainda tem esse pensamento mas o repele, está em, vias de realiza-lo; e por fim, aquele que tem esse pensamento e nele se compraz, ainda está sob toda a força do mal. Não é suficiente ter as aparências da pureza, é necessário antes de tudo ter a pureza de coração.

“Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e estas são as que fazem o homem imundo; porque do coração é que saem os maus pensamentos...” Jesus

OS ESPÍRITOS

Disse o Cristo: “Deixai vir a mim os pequeninos”
Estas palavras, tão profundas na sua simplicidade, não fazem apenas um apelo às crianças, mas também às almas que gravitam nos círculos inferiores, onde a desgraça desconhece a esperança. Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravos, os viciosos.
Deixai vir a mim os tímidos e os débeis, que necessitam de amparo e consolo. Deixai vir a mim os ignorantes, para que eu os ilumine. Deixai vir a mim todos os sofredores, a multidão do aflitos e dos infelizes, e eu lhes darei o grande remédio para os males da vida, revelando-lhes o segredo da cura de suas feridas.
É o amor, é a caridade!
Nas vossas aflições voltai sempre os vossos olhos para o céu, e dizei, do fundo do vosso coração: “Meu Pai, curai-me, mas fazei que minha alma doente seja curada antes da enfermidade do corpo; que minha carne seja castigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes.”

O AUTOR

A pureza de coração não implica em fragilidade, nem imaturidade ou inexperiência, mas o fruto de uma longa jornada de evolução, o acúmulo de muito tempo trilhando caminhos diversos, em meio a bênçãos e dores, trevas e luzes, até que o amor universal de Jesus aponta a estrada infalível que conduz a Deus. E o próprio ser, cansado de sofrimento transforma-se pelo aprendizado em alma iluminada e de coração puro, tal qual uma criança que sabiamente o Mestre nos traz como exemplo.

FATOS E HISTÓRIAS

- Papai, porquê você não vem rezar, de noite, comigo?
O genitor trocou expressivo olhar com a esposa e falou ao pequenino:
- tenho tido sempre muito serviço à noite, mas voltarei hoje mais cedo para acompanhar tuas preces.
E sorrindo, com paternal alegria, acrescentou:
- Já sabes orar sozinho?
O pequeno redargüiu, satisfeito:
- Mamãe ensina-me todas as noites a rezar por você. Quer ver?
E, abandonando o talher, instintivamente olhou para o alto, de mãos postas, e recitou:
- “Meu Deus, guarda o papai nos caminhos da vida, dá-lhe saúde, tranquilidade e coragem nas lutas de cada dia! Assim seja!”
O genitor, que se apresentara tão impenetrável e rude a princípio, mostrou os olhos rasos d`água, sensibilizado nas fibras mais íntimas, e, fixando ternamente o filho, murmurou:
- Estás muito adiantado. Hoje, Joãozinho, rezarei também...

Trecho do Cap.13 de “Missionários da Luz”
de André Luiz psicografado por Francisco Cândido Xavier – FEB

COMENTÁRIO FINAL

Em quase a totalidade dos adultos encarnados percebemos as máscaras criadas pelas próprias mãos e que escondem a pureza do coração, são frutos da ignorância e do erro e que por vezes necessitam de um longo e penoso esforço para remoção. Então brilha o espírito que se assemelha à criança tal qual foi criado por Deus, porém revestido de sabedoria provinda das obras edificantes que empreendeu.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

CAPÍTULO VII - BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

JESUS Mt 5:3 e Lu:14:1,7-11

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
“Quando fores convidado a alguma boda, não te assentes no primeiro lugar, porque pode ser que esteja ali outra pessoa, mais autorizada que tu, convidada pelo dono da casa, e que, vindo este, que te convidou a ti e a ele, te diga: dá o teu lugar a este; e tu, envergonhado, vás buscar o último lugar. Mas quando fores convidado, vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: amigo, senta-te mais para cima. Servir-te-á isto então de glória, na presença dos que estiverem juntamente sentados à mesa. Porque todo o que se exalta será humilhado; e todo o que se humilha será exaltado.“

KARDEC

Ao dizer que o reino dos céus é para os simples Jesus ensina que ninguém será nele admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus. Em todas as circunstâncias, ele coloca a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que dele nos afastam.
O poder de Deus se revela nas pequenas como nas grandes coisas. Ele não põe a luz sob o alqueire, mas a derrama por toda a parte; cegos são os que não a vêem. Deus não quer abrir-lhes os olhos à força, pois que eles gostam de os ter fechados. Chegará a sua vez, mas antes é necessário que sintam as angústias das trevas e reconheçam Deus, e não o acaso, na mão que lhes fere o orgulho.

OS ESPÍRITOS

Se o Cristo prometeu o reino dos Céus aos mais pobres, foi porque os grandes da Terra imaginavam que os títulos e as riquezas eram a recompensa de seus méritos, e que a sua essência era mais pura que a do pobre. Acreditavam que essas coisas lhes eram devidas, e por isso, quando Deus as retira, acusam-no de injustiça. Orgulhosos! Que fostes, antes de serdes nobres e poderosos? Talvez mais humildes que o último de vossos servos. Curvai, portanto, vossas frontes altivas, que Deus as pode rebaixar, no momento mesmo em que as elevais mais alto. Todos os homens são iguais na balança divina; somente as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. Todos os espíritos são da mesma essência, e todos os corpos foram feitos da mesma massa. Vossos títulos e vossos nomes em nada a modificam; ficam no túmulo; não são eles que dão a felicidade prometida aos eleitos; a caridade e a humildade são os seus títulos de nobreza.
O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Dedicai-vos, pois, à tarefa de destruí-lo, se não quiserdes perpetuar as suas funestas conseqüências. Um só meio tendes para isso, mas infalível: tomai a lei do Cristo por regra invariável de vossa conduta, essa lei que haveis rejeitado ou falseado na sua interpretação.

O AUTOR

FATOS E HISTÓRIAS

Alexandre, o Grande” 330 A. C .

Jovem herdeiro do trono da Macedônia, filho de Olímpia e do rei Felipe, seu espírito guerreiro p levou a empreender guerras de conquista com sucessivas vitórias que o fizeram dominar quase a totalidade do mundo conhecido de então.Desde a Grécia, Egito, Pérsia, Afeganistão e Índia. Aos 25 anos já havia conquistado a Pérsia do Rei Dario e a Babilônia. Seguindo para o Leste desbravou vasto território, esmagando opositores à frente de grande exército até as montanhas geladas do Himalaia. Em direção ao sul conquistou parte da Ïndia em seu sonho de chegar ao Oceano, em glorioso feito. porém não consegue êxito contra os Indianos e tomba ferido em combate. Sobrevivendo, retorna à Babilônia onde morre.
Ele viveu uma vida de conquistas, batalhas, luxúria, sede de poder e glória, imoralidade e traições. Sua obsessão pela conquista enfraqueceu seu cansado exército em marcha constante. Seu desregramento causou sua ruína. A extensão de seu reino o fez perder o controle e o respeito dos povos. Morreu de doença fatal e tornou ao pó.
Resumo do filme “Alexandre” de Oliver Stone
Produção de 2004 realizado por Moritz Borman
Warner Bros Pictures e Intermédia Films
com Colin Farrell, Angelina Jolie, Val Kilmer, Anthony Hopkins

Bseado em estudo do historiador Robin L. Fox em livro de 1973

COMENTÁRIO FINAL

A História da humanidade está cheia de personagens poderosos que mergulharam nas sombras do orgulho não poupando atrocidades em suas conquistas, homens tão frágeis quanto seus castelos de areia, cujos ventos pertinazes oriundos da mão divina trataram de reduzir ao seu devido lugar, estes mesmos que julgando-se fortes e imbatíveis sucumbiram ante à adaga traiçoeira de um falso amigo ou uma amante ferida. Homens assim, cuja história é registrada em páginas sombrias apenas são o retrato da barbaridade, e de uma vida sem Deus, portanto sem moral. Eis o orgulho latente e enraizado. Hoje, diferentes, maduros e conscientes, procuramos afastar qualquer sinal de retorno às remotas épocas da barbárie eliminando o orgulho de nossas vidas através do roteiro seguro que é Jesus.
Após Ele, que se encarnou entre nós sendo quem é, e ter escolhido nascer numa manjedoura entre os animais, tudo é diferente. Aproveitemos sua humilde lição.

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domingo, 25 de março de 2012

Série Viajante Solitário - Conto 01



Violinos soam melodiosos, rítmicos, gritando eufóricos uma história de amor e alegria até que doces acordes de piano lembram a dura realidade do fim. Cessam os instrumentos, é quando um momento mágico permite ao homem criar em sua mente a grande sinfonia maior de sua vida.
A musica lapida a alma e a busca do conhecimento estrutura sua existência, cuja fome de sabedoria é um poço infinito. Virtude há em querer o que falta não apenas a si, mas a toda humanidade que é um corpo. O inimaginável para muitos, o que não é conhecido, mistérios da vida.
Viajante Solitário.
Pelo deserto viajaram todos aqueles que buscaram o conhecimento, até que obtiveram a certeza do que já sabiam, que dentro de si próprios estava a resposta. E toda a questão, dúvida ou problema, carência e conflito que um homem possa ter, basta voltar-se para si próprio e encontrar a solução. Quantos segredos que a vida guarda dos quais não conhecemos? Por mais pseudo intelectual um homem possa se tornar em anos de profunda penetração no raciocínio, sua única conclusão ao final é a de total insignificância. Vejo outros homens impávidos, donos de si e da verdade que não medem esforços em classificar, apontar e julgar o próximo mas que são tão pequenos e praticantes de erros mais graves aos quais julgam. Ninguém que acredite poder absorver o conteúdo da ciência existente o fará com consistência, e de nada adiantará, pois é grão de areia no mar do universo que representa o tudo. Digo isto porque a totalidade é terra, chão, água, sangue, odor e calor.
A evolução não está nesse meio, existe sim de onde obter todo conhecimento, algo real e místico, invisível e onipresente, poderoso e suave, a origem de tudo.
Como se chama? Aonde está? Perguntas assim aqueles que buscaram na solidão das terras áridas o conhecimento fizeram diariamente meses a fio até que seus olhos se abriram para a verdade, viram enfim dentro de si as respostas.
São muitos nomes, são muitos lugares, são muitas pessoas.
Cada um deles criou a sua própria verdade, espalhada ao vento, pelo mundo e a todos os que, maravilhados, os ouviam. Povos, nações, por séculos os consideram conhecedores da ciência. Mas todos eles ao encontrarem a revelação saíram absolutamente convictos da verdade. Doutrinas, formas de vida e de sociedade, religiões e sabedorias que enlevaram multidões.
Várias verdades.
Provas e relíquias sagradas, lugares, objetos e inúmeros escritos testemunham o princípio dessas verdades. Homens viveram e morreram convictos delas. O mundo mudou por elas. E agora?
A verdade. A verdade.
Ó" minha verdade", qual é a verdade?
O que eu aprendi na minha vida desde jovem é minha insignificância para o mundo, e que nunca poderei dizer a alguém: Você está certo ou Você está errado, pois afinal,
Quem está certo? Quem está errado?
O que é certo? O que é errado?

Olhe a sua volta, leia o jornal e quando alguém lhe contar algo por mais verídico que possa ser, questione-se qual é a verdade. Poderá você julgar, dizer que algo é errado? Ou certo?
Tudo, tudo o que existe na vida pode ser questionado, menos uma única coisa, única no Universo, Deus.
Onde tudo acaba.
Onde tudo começa.

sábado, 24 de março de 2012

CAPÍTULO VI - O CRISTO CONSOLADOR

JESUS Mt 11:28-30 e Jô 14:15-17;26

“Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo leve.”
“Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”

KARDEC

O espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo: O Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: “que ouçam os que têm ouvidos para ouvir.”
O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma.

OS ESPÍRITOS

Advento do Espírito da Verdade.
Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. Espíritas: amai-vos, eis o primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo.
Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas: que chorem, porque a dor foi no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem.

O AUTOR

A doutrina espírita é o consolador prometido por Cristo e que ouçam os que tiverem ouvidos para ouvir. Pela graça e misericórdia do Pai e para alegria e júbilo dos que, partindo do mundo físico estão no mundo espiritual, foi revelada esta doutrina que levanta o véu sobre os mistérios da vida e da morte, mostrando claramente que esta última não existe. O intercâmbio entre os dois planos mostrou o mecanismo natural que regula a vida sob várias formas, e a presença daqueles que se foram em permanente interação conosco.
Esta doutrina não tem fundador, liderança global ou presidência humana, expressa-se por toda parte pelo devotado trabalho de muitos colaboradores, alguns mais expostos do que outros devido à natureza de sua tarefa, o que pouco importa. Esta doutrina tem como morada o coração do homem.
Não sobe em tribunas ou palanques, mas repousa extensa sabedoria em páginas caladas de muitos livros. Faz do espírito de serviço e da caridade um lema de vida eterna. Reconduz Jesus Cristo ao templo vivo de nossas almas.

FATOS E HISTÓRIAS

Certa noite o Sr. Denizard Rivail, educador lionense radicado em Paris, compareceu a uma reunião, acompanhado de sua esposa, Amelie Boudet, a convite do próprio Émile Charles. O pai Baudin os havia conhecido numa sessão de mesa girante ma casa da Sra. Planemaison, na qual Rivail aprofundava seu recente interesse pelos fenômenos espíritas.
Zéfiro, o espírito guia dos Baudin os recebeu efusivamente, saudando o professor com as seguintes palavras:
- Salve, caro pontífice, três vezes salve !
Lida em voz alta, a saudação arrancou risadas da platéia. O sr. Baudin, meio envergonhado, explicou a Rivail que Zéfiro era muito espirituoso e tinha o costume de brincar com os visitantes. O professor não se agastou e respondeu sorrindo.
- Minha bênção apostólica, prezado filho!
Nova risada geral. Zéfiro, porém, redargüiu que tinha feito uma saudação respeitosa, a um verdadeiro pontífice, pois Rivail havia sido um grande chefe druida, no tempo da invasão da Gália pelo imperador Julio César. Os Druidas eram os sacerdotes do povo Celta, uma etnia que habitava várias extensões da antiga Europa.
Convencido que os estranhos acontecimentos eram produzidos por espíritos, Rivail começou a fazer-lhes várias perguntas sobre as causas e características das coisas. Desse material saiu sua primeira obra sobre o assunto, o Livro dos Espíritos. Estava inaugurada a nova filosofia espiritualista, que ele chamou de Espiritismo.
Já sabendo que era um druida reencarnado, através da revelação do espírito Zéfiro, Rivail preferiu assinar o livro com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho de educador do de autor espírita. Fechava-se assim, um ciclo palingenético, pessoal e histórico.
Com a assistência das médiuns Caroline e Julie, filhas dos Baudin (16 e 14) foram escritas a maior parte do Livro dos Espíritos. Fonte: Mauro Quintella, artigo publicado no jornal A Voz do Espírito – Edição 89: Janeiro-Fevereiro de 1998
Internet: www.espírito.org.br

COMENTÁRIO FINAL

Este retrato simboliza o momento histórico do início da doutrina espírita, presidida pelo Espírito da Verdade, reunida e organizada pelo pesquisador e educador Allan Kardec. Que mais dizer, a não ser palavras de agradecimento a Jesus pelo ato de amor e misericórdia com a humanidade, ao nos enviar o consolador prometido, que veio nos fazer recordar seus ensinamentos em sua essência e pureza. Muito obrigado Senhor!

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sexta-feira, 16 de março de 2012

CAPÍTULO V – BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS

JESUS Mt 5:5,6 e 10 e Lu 6:20-21

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Bem-aventurados os que padecem perseguições por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Bem-aventurados os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque rireis.”

KARDEC

As vicissitudes (aflições, sofrimentos) da vida têm, pois, uma causa, e como Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do que todos devem compenetrar-se. Deus encaminhou os homens na compreensão dessa causa pelos ensinos de Jesus, e hoje, considerando-os suficientemente maduros para compreendê-la, revela-a por completo através do espiritismo, ou seja, pela voz dos espíritos. Estas têm duas origens diversas: causas atuais ou causas anteriores.
1-) Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são a conseqüência natural do caráter e da conduta daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Os males dessa espécie constituem, seguramente, um número considerável das vicissitudes da vida. O homem os evitará, quando trabalhar para o seu adiantamento moral e intelectual.
2-) Há males que, pelo menos em aparência, são estranhos à vontade do homem e parecem golpeá-lo por fatalidade. Ex: Deficiências físicas, desastres naturais. Ora, a causa sendo sempre anterior ao efeito, e desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. Por outro lado, Deus não podendo punir pelo bem que se fez, nem pelo mal que não se fez, se somos punidos, é que fizemos o mal. E se não fizemos o mal nesta vida, é que o fizemos em outra. Esta é uma alternativa a que não podemos escapar, e na qual a lógica nos diz de que lado está a Justiça de Deus.

É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento de experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que o passado traria inconvenientes muito graves. pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.

OS ESPÍRITOS

Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido: Bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso. Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo”. Por quê medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser.
Quantos tormentos consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é!
perguntais se é permitido abrandar as vossas provas. Esta pergunta lembra estas outras: É permitido ao que se afoga procurar salvar-se? E a quem espetou-se num espinho, retira-lo? Ao que está doente, chamar um médico? As provas têm por fim exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação.

O AUTOR

Bem-aventurada a lágrima que rola porque é uma expressão de dor ou de arrependimento, e ambos melhoram o espírito. Sendo a natureza de nosso mundo de provas e expiação, ainda é preciso passar pelo fogo o metal que se deseja purificar. E que fogueira tão desejada é esta!
A aflição desta vida nos remonta ao passado e redime nossas faltas perante a lei, assim como nos corrige dos desvios do caminho atual, todavia ainda é a forma mais dolorosa embora eficiente. Existe outra que o homem prudente deve aprender e ensinar, a do amor e da sua auto-transformação em um ser melhorado, um espírito renovado pelo esforço próprio e pelo amor de Deus

FATOS E HISTÓRIAS

20/02/2005 - 09:03h
Médicos revelam que a eutanásia é prática habitual em UTIs do país.
Claudia Collucci / Fabiana Leite da Folha de Sã Paulo
Antônio Góis – Folha de S.Paulo, no Rio de janeiro (Resumo)

Apesar de ilegal, a eutanásia (apressar, sem dor ou sofrimento, a morte de um doente incurável) é ato freqüente e, muitas vezes, pouco discutido nas UTIs de hospitais brasileiros. Dezesseis médicos ouvidos pela Folha confirmaram que hoje o procedimento é comum e vêem a eutanásia como abreviação do sofrimento do doente e da sua família. Entre eles, há quem admita razões mais práticas, como a necessidade de vaga na UTI para alguém com chances de sobrevivência, ou a pressão, na medicina privada, para diminuir custos.
Médicos e especialistas em bioética defendem, na verdade, um tipo específico de eutanásia, a ortoanásia, que seria o ato de retirar equipamentos ou medicações que servem para prolongar a vida de um doente terminal. Ao retirar esses suportes de vida, mantendo apenas a analgesia e tranqüilizantes, espera-se que a natureza se encarregue da morte.
O médico intensivista José Maria Orlando, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, porém, nega que a eutanásia seja freqüente em UTIs. Em razão da eutanásia ser considerada crime, ele diz que os médicos ficam reticentes entre deixar que pacientes sobrevivam nessa condição ou retira-los dela para que morram brevemente. “O Médico se vê sob a espada da Justiça”.
Fonte: UOL

COMENTÁRIO FINAL

Os espíritos disseram a Kardec: “Por quê medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser”.
Apesar dos argumentos aparentemente convincentes da ciência e da medicina, percebe-se a visão estreita dos que defendem a eutanásia, demonstrando ignorar a continuidade da vida em planos paralelos, desconhecendo razões anteriores que levaram o moribundo à prolongação da aflição da quase morte, nem entendem que a espada da Justiça somente pode ser dignamente empunhada pelo Senhor do Universo. Então, enganam-se e cometem erros consideráveis com tal prática.
Bem-aventurados os aflitos.

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quinta-feira, 15 de março de 2012

Nosso Lar - Pontos de Destaque 41 - 50

Trechos destacados da obra de André Luiz



Cap 41 – Convocados a Luta
A aflição não constrói , a ansiedade não edifica. Saibamos ser dignos do clarim do Senhor, atendendo-lhe a Vontade Divina no trabalho silencioso, em nossos postos.

Cap 42 – A palavra do Governador
Classificamos o medo como dos piores inimigos da criatura, por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais profundas. A Governadoria, nas atuais emergências, coloca o treinamento contra o medo muito acima das próprias lições de enfermagem. A calma é garantia do êxito.

Cap 43 – Em conversação
Não basta ao homem a inteligência apurada, é-lhe necessário iluminar raciocínios para a vida eterna. O Espiritismo é a nossa grande esperanç e, por todos os títulos, é o Consolador da humanidade encarnada, mas a nossa marcha é ainda muito lenta.

Cap 44 – As Trevas
Cada criatura vive daquilo que cultiva. Quem se oferece diariamente a tristeza, nela se movimentará; quem enaltece a enfermidade, sofrer-lhe-á o dano. Não há nisto mistério. É a Lei da Vida, tanto nos esforços do bem, como nos movimentos do mal.

Cap 45 – No campo da Música
Jesus era lembrado por todos como supremo orientador das organizações terrenas visíveis e invisíveis, cheio de compreensão e bondade, mas também consciente da energia e da vigilância necessárias à preservação da ordem e da justiça.

Cap 46 – Sacrifício de Mulher
Há reencarnações que funcionam como drásticos. Ainda que o doente não se sinta corajoso, existem amigos que o ajudam a sorver o remédio santo, embora muito amargo. Relativamente a liberdade irrestrita, a alma pode invocar o direito somente quando compreenda o dever e o pratique.

Cap 47 – A volta de Laura
Nutrindo os elementos do bem, progredirão eles para nossa felicidade, constituirão nossos exércitos de defesa; Todavia, alimentar quaisquer elementos do mal é construir base segura para nossos inimigos verdugos.

Cap 48 – Culto familiar
Nem todos os encarnados se agrilhoam ao solo da Terra. Como os pombos correios que vivem, por vezes, longo tempo de serviço, entre duas regiões, espíritos há que vivem por lá entre dois mundos.

Cap 49 – Regressando a Casa
Aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos.

Cap 50 – Cidadão de Nosso Lar
Toda criatura, no testemunho, deve proceder como a abelha, acercando-se das flores da vida, que são as almas nobres, no campo das lembranças, extraindo de cada uma a substância dos bons exemplos, para adquirir o mel da sabedoria.

terça-feira, 13 de março de 2012

Nosso Lar - Pontos de Destaque 21 - 40


Trechos destacados da obra de André Luiz
 
Cap 21 – Continuando a palestra
Tal como se dá na Terra, a propriedade aqui é relativa. Nossas aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus- hora, no fundo, é o nosso dinheiro.

Cap 22 – O Bônus-Hora
Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum que dele vierem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos. Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de sérvico útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui.

Cap 23 – Saber Ouvir
Há compromisso entre todos os habitantes equilibrados da colônia, no sentido de não se emitirem pensamentos contrários ao bem. Dessarte, o esforço da maioria se transforma numa prece quase perene.

Cap 24 – Impressionante Apelo
Nossas energias estão empenhadas em vigoroso duelo com as legiões da ignorância. Quanto estiver ao vosso alcance, vinde em nosso auxílio! Unamo-nos numa só vibração!  Contra o !@#$%^&*édio das trevas, acendamos a luz; contra a guerra do mal, movimentemos a resistência do bem.

Cap 25 – Generoso Alvitre
Ao invés de albergar a curiosidade, medite no trabalho e atire-se a ele na primeira ocasião que se ofereça. Somente o trabalho digno confere ao espírito o merecimento indispensável a quaisquer direitos novos.

Cap 26 – Novas Perspectivas
Quando o discípulo está preparado, o Pai envia o instrutor. O mesmo se dá, relativamente ao trabalho. Quando o servidor está pronto, o serviço aparece.

Cap 27 – O Trabalho, enfim
Converteram a experiência humana em constante preparação para um grande sono e, como não tinham qualquer idéia do bem, a serviço da coletividade, não há outro recurso senão dormirem longos anos, em pesadelos sinistros.

Cap 28 – Em serviço
É preciso recordar, sempre, que a Natureza não dá saltos e que, na Terra, ou nos círculos do Umbral, estamos revestidos de fluidos pesadíssimos. São aves e têm asas, tanto o avestruz quanto a andorinha.

Cap 29 – A visão de Francisco
A visão de Francisco, é o pesadelo de muitos espíritos depois da morte carnal. Apegam-se demasiadamente ao corpo, não enxergam outra coisa, nem vivem senão dele e para ele, votando-lhe verdadeiro culto, e , vindo o sopro renovador, não o abandonam. Repelem quaisquer idéia de espiritualidade e lutam desesperadamente pelo conservar. Surgem, no entanto, os vermes vorazes, e os expulsam.

Cap 30 – Herança e Eutanásia
A permuta de ódio e desentendimento causa ruína e sofrimento nas almas. O pensamento, em vibrações sutis, alcança o alvo, por mais distante que esteja.

Cap 31 – Vampiro
Não é isso que se observa na fotografia viva de seus pensamentos e atos. Creio que a irmã ainda não recebeu, nem mesmo o benefício do remorso. Quando abrir sua alma às bênçãos de Deus, reconhecendo as necessidades próprias, então, volte aqui.

Cap 32 – Notícias de Veneranda
É a entidade com maior número de horas de serviço na colônia e a figura mais antiga do Governo e do Ministério, em geral. Permanece em trabalho ativo, nesta cidade, há mais de duzentos anos.

Cap 33 – Curiosas Observações
Os cães facilitam o trabalho, os muares suportam cargas pacientemente, e aquelas aves – acrescentou, indicando-as no espaço-, que denominamos íbis viajores, são excelentes auxiliares dos samaritanos, por devorarem as formas mentais odiosas e perversas, entrando em luta franca com as trevas umbralinas.

Cap 34 – Com os Recém Chegados do Umbral
Os dementes falam de maneira incessante, e quem os ouve, gastando interesse espiritual, pode não estar menos louco. Aquelas palavras foram ditas com tanta bondade que corei de vergonha, sem oragem de a elas responder.

Cap 35 – Encontro Singular
Não tema insucessos. Toda vez que oferecemos raciocínio e sentimento ao bem, Jesus nos concede quanto se faça necessário ao êxito. Tome a iniciativa. Empreender ações dignas, quaisquer que sejam, representa honra legítima para a alma.

Cap 36 – O Sonho
Trabalha, meu filho, fazendo o bem. Em todas as nossas colônias espirituais, como nas esferas do globo, vivem almas inquietas, ansiosas de novidades e distração. Sempre que possas, esqueça o entretenimento e busca o serviço útil.

Cap 37 – A preleção da ministra
Todos sabemos que o pensamento é força essencial, mas não admitamos nossa milenária viciação no desvio dessa força. O pensamento é força viva, em toda parte; é atmosfera criadora que envolve o Pai e os Filhos, a Causa e os Efeitos, no Lar Universal.

Cap 38 – O caso Tobias
- Mas como se processa o casamento aqui?
- Pela combinação vibratória – esclareceu Tobias, atencioso - , ou então, para ser mais explícito -, pela afinidade máxima ou completa.

Cap 39 – Ouvindo a Senhora Laura
P problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente, precisa mover e remover pesados fluidos de outras eras, dentro de si mesmo.

Cap 40 – Quem semeia colherá
Todos nós meu irmão, encontramos no caminho os frutos do bem e do mal que semeamos. Esta afirmativa não é frase doutrinária, é realidade universal.

segunda-feira, 12 de março de 2012

CAPÍTULO IV - NINGUÉM PODE VER O REINO DE DEUS, SE NÃO NASCER DE NOVO

JESUS Mt 17:10-13

“Elias certamente há de vir, e restabelecerá todas as coisas; digo-vos, porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram. Assim também o Filho do Homem há de padecer às suas mãos. Então compreenderam os discípulos que de João Batista é que ele lhes falara.”

JESUS Jo 3:1-12

“Na verdade, na verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus, senão aquele que renascer de novo. Nicodemos lhe disse: Como pode um homem nascer sendo velho? Porventura pode entrar no ventre de sua mãe e nascer outra vez? Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que quem não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido de carne é carne, e o que é nascido do espírito é espírito. Não te maravilhes de eu te dizer que importa-vos nascer de novo.”

KARDEC

Não é, pois, duvidoso, que sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação fosse uma das crenças fundamentais dos judeus e que ela foi confirmada por Jesus e pelos profetas, de maneira formal. Donde se segue que negar a reencarnação é renegar as palavras de Cristo. Suas palavras um dia constituirão autoridade sobre este ponto, como sobre muitos outros, quando forem meditadas sem partidarismo.
A essa autoridade, de natureza religiosa, virá juntar-se no plano filosófico, a das provas que resultam da observação dos fatos. Quando dos efeitos se quer remontar às causas, a reencarnação aparece como uma necessidade absoluta, uma condição inerente à humanidade, em uma palavra, como uma lei da natureza.
Laços de família
Os laços de família não são destruídos pela reencarnação como pensam certas pessoas. Pelo contrário, são fortalecidos e re-apertados. O princípio oposto é que os destrói. Em resumo quatro alternativas se apresentam ao homem para seu futuro além-túmulo:
  1. O nada segundo a doutrina materialista.
  2. A absorção no todo universal segundo a doutrina panteísta.
  3. A conservação da individualidade com fixação definitiva da sorte segundo a doutrina da igreja.
  4. A conservação da individualidade com o progresso infinito, segundo a doutrina espírita.
De acordo com as duas primeiras os laços de família são rompidos pela morte e não há nenhuma esperança de se reencontrarem; com a terceira há possibilidade de se reverem, contanto que estejam no mesmo meio, podendo esse meio ser o inferno ou o paraíso; com a pluralidade das existências que é inseparável do progresso gradual, existe a continuidade das relações entre os que se amam, e é isso o que constitui a verdadeira família.

OS ESPÍRITOS

A passagem dos Espíritos pela vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, coma ajuda do elemento material, os propósitos cuja execução Deus lhe confiou. É ainda necessária por eles mesmos, pois a atividade que então se vêem obrigados a desempenhar ajuda-os a desenvolver a inteligência.
O estudante não atinge os graus superiores, sem ter percorrido a série de classes que o levam até lá. Essas classes, por mais trabalho que exijam, são o meio de atingir o fim, e não uma punição. O estudante laborioso abrevia a caminhada, encontrando menos dificuldades. Acontece o contrário com aquele que a negligência e a preguiça obrigam a repetir certas classes. Não é, porém, o estudo que constitui uma punição, mas a obrigação de recomeça-lo em cada classe, é o que se passa com o homem na terra.

O AUTOR

Sendo todos nós espíritos com vida eterna, concluímos que a verdadeira vida é a espiritual e que a matéria apenas representa uma transformação, uma face da existência, um período de aprendizado e aperfeiçoamento onde se coloca em prática o objeto de estudo. Jesus Cristo e seus maravilhosos ensinamentos sobretudo através do Espírito da Verdade nos revela a doutrina do amor e amplia a visão do homem.
Ampliar a visão significa olhar do alto, entender a vida como uma expressão muito mais abrangente, colocando tudo o que é material em segundo plano, enxergando causas distintas, novas razões e sentimentos diferentes.
Reencarnar é refazer tarefas incompletas, viver novos aprendizados, empenhar-se em novas obras e realizações, exercitar o amor. Reencarnar é para todos nós uma nova chance de acertar onde se errou muito, voltar para a vida eterna e verdadeira, onde não mais os aspectos ilusórios da matéria têm importância, felizes pelos acertos e confiantes numa nova chance futura de reparar os erros cometidos.

FATOS E HISTÓRIAS

Pesquisas sobre a reencarnação do Dr. Ian Stevenson, segundo o jornalista Tom Schroder:
Tom Schroder, jornalista do The Washington Post conheceu o Dr. Ian Stevenson, renomado pesquisador do fenômeno da reencarnação (autor do livro Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação), quando estava trabalhando em um artigo para uma revista sobre possíveis casos de regressão a vidas passadas. Schroder acompanhou o Dr. Stevenson em suas pesquisas pela Índia, pelo Líbano e Estados Unidos, passando a ver o tema com outros olhos. Suas investigações nessa área resultaram no livro “Almas Antigas” publicado no Brasil pela editora Sextante.

Casos que sugerem reencarnação pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas

Em 1976 o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, IBPP, sob a direção do Dr. Hernani Guimarães Andrade, publicou o primeiro trabalho referente aos casos de reencarnação pesquisados no Brasil. Esse trabalho referia-se a monografia intitulada: Um Caso que Sugere Reencarnação: Jacira & Ronaldo.
Sua distribuição gratuita, como as demais editadas pelo IBPP, foi dirigida aos interessados neste gênero de pesquisa parapsicológica e ultrapassou as fronteiras do Brasil e América do Sul.
Fonte: Internet – http://www.consciesp.org.br

COMENTÁRIO FINAL

O Espírito revelou a ciência e a ciência encontrará o espírito.
A evolução científica demonstrará claramente os mecanismos da lei natural da reencarnação, e não mais as religiões debaterão fatos incontestáveis.

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