sábado, 24 de março de 2012

CAPÍTULO VI - O CRISTO CONSOLADOR

JESUS Mt 11:28-30 e Jô 14:15-17;26

“Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo leve.”
“Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”

KARDEC

O espiritismo vem, no tempo assinalado, cumprir a promessa do Cristo: O Espírito da Verdade preside ao seu estabelecimento. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas, fazendo compreender o que o Cristo só disse em parábolas. O Cristo disse: “que ouçam os que têm ouvidos para ouvir.”
O homem compreende que mereceu sofrer, e acha justo o sofrimento auxilia o seu adiantamento, e o aceita sem queixas, como o trabalhador aceita o serviço que lhe assegura o salário. O espiritismo lhe dá uma fé inabalável no futuro, e a dúvida pungente não tem mais lugar na sua alma.

OS ESPÍRITOS

Advento do Espírito da Verdade.
Venho, como outrora, entre os filhos desgarrados de Israel, trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. Espíritas: amai-vos, eis o primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo.
Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas: que chorem, porque a dor foi no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas. Tomai, pois, por divisa, essas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem.

O AUTOR

A doutrina espírita é o consolador prometido por Cristo e que ouçam os que tiverem ouvidos para ouvir. Pela graça e misericórdia do Pai e para alegria e júbilo dos que, partindo do mundo físico estão no mundo espiritual, foi revelada esta doutrina que levanta o véu sobre os mistérios da vida e da morte, mostrando claramente que esta última não existe. O intercâmbio entre os dois planos mostrou o mecanismo natural que regula a vida sob várias formas, e a presença daqueles que se foram em permanente interação conosco.
Esta doutrina não tem fundador, liderança global ou presidência humana, expressa-se por toda parte pelo devotado trabalho de muitos colaboradores, alguns mais expostos do que outros devido à natureza de sua tarefa, o que pouco importa. Esta doutrina tem como morada o coração do homem.
Não sobe em tribunas ou palanques, mas repousa extensa sabedoria em páginas caladas de muitos livros. Faz do espírito de serviço e da caridade um lema de vida eterna. Reconduz Jesus Cristo ao templo vivo de nossas almas.

FATOS E HISTÓRIAS

Certa noite o Sr. Denizard Rivail, educador lionense radicado em Paris, compareceu a uma reunião, acompanhado de sua esposa, Amelie Boudet, a convite do próprio Émile Charles. O pai Baudin os havia conhecido numa sessão de mesa girante ma casa da Sra. Planemaison, na qual Rivail aprofundava seu recente interesse pelos fenômenos espíritas.
Zéfiro, o espírito guia dos Baudin os recebeu efusivamente, saudando o professor com as seguintes palavras:
- Salve, caro pontífice, três vezes salve !
Lida em voz alta, a saudação arrancou risadas da platéia. O sr. Baudin, meio envergonhado, explicou a Rivail que Zéfiro era muito espirituoso e tinha o costume de brincar com os visitantes. O professor não se agastou e respondeu sorrindo.
- Minha bênção apostólica, prezado filho!
Nova risada geral. Zéfiro, porém, redargüiu que tinha feito uma saudação respeitosa, a um verdadeiro pontífice, pois Rivail havia sido um grande chefe druida, no tempo da invasão da Gália pelo imperador Julio César. Os Druidas eram os sacerdotes do povo Celta, uma etnia que habitava várias extensões da antiga Europa.
Convencido que os estranhos acontecimentos eram produzidos por espíritos, Rivail começou a fazer-lhes várias perguntas sobre as causas e características das coisas. Desse material saiu sua primeira obra sobre o assunto, o Livro dos Espíritos. Estava inaugurada a nova filosofia espiritualista, que ele chamou de Espiritismo.
Já sabendo que era um druida reencarnado, através da revelação do espírito Zéfiro, Rivail preferiu assinar o livro com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho de educador do de autor espírita. Fechava-se assim, um ciclo palingenético, pessoal e histórico.
Com a assistência das médiuns Caroline e Julie, filhas dos Baudin (16 e 14) foram escritas a maior parte do Livro dos Espíritos. Fonte: Mauro Quintella, artigo publicado no jornal A Voz do Espírito – Edição 89: Janeiro-Fevereiro de 1998
Internet: www.espírito.org.br

COMENTÁRIO FINAL

Este retrato simboliza o momento histórico do início da doutrina espírita, presidida pelo Espírito da Verdade, reunida e organizada pelo pesquisador e educador Allan Kardec. Que mais dizer, a não ser palavras de agradecimento a Jesus pelo ato de amor e misericórdia com a humanidade, ao nos enviar o consolador prometido, que veio nos fazer recordar seus ensinamentos em sua essência e pureza. Muito obrigado Senhor!

FOTO OU ILUSTRAÇÃO

 

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