domingo, 29 de março de 2015

A Estrela do Belem

Série Emoções

Não podia deixar de falar
Dos olhos mais lindos do Belem
Qual ela nem pode imaginar
A grandeza do poder que tem

Ela é bonita e charmosa
Capaz de abrir qualquer coração
Tem duas pedras preciosas
Com brilho laser feito canhão

Seu nome só eu sei mais ninguém
Mas seu rosto muitos olharam
Embora comigo discordem
Sei que no fundo já a amaram

Digna de escultura de porte
Comum aos maiores palácios
Tem medo dela a própria morte
Tal a pureza de seus traços

Seja quais forem as tristezas
Que aflijam todos os corações
Quem resistirá a tal beleza
Que cala todas nossas ações

Quando o sol se põe pela tarde
E ela se expõe ao seu vermelho
É como uma chama que arde
Sendo do amor o próprio espelho

Sei que de mim vão duvidar
E mesmo que isso aconteça a alguém
Basta os olhos lindos procurar
Onde eles brilharem no Belem.




domingo, 22 de março de 2015

TÍFON

Série Emoções

Soa algo diferente em Tífon embora tão estranho possa parecer.
Sei que todas as vozes e sons conhecidos por lá testam forças, mas o mais puro deles entre eles não está. Não estou mentindo, mude sua desculpa, que naquele lugar sacramentado por homens de raro nefasto intelecto há novos sons. Em Tífon não precisamos dizer eu e você, a música mescla suas infinitas combinações e ritmos, do Rock à Ópera, Jazz e popular. Nós sabemos e há muito sabemos que lá é o lugar onde se esquece a bomba e o frio, e se relembra o clima romântico dos aconchegos, onde se come e bebe muito.
Mas eu sei e sinto, algo soa estranhamente nos ares de lá. Tão penetrante  e profundo quanto “Beat It” de Michael Jackson no seu mais insustentável volume, estremecedor e suave que eu apenas ouço mais ninguém. Estarei na beira da loucura ouvindo coisas de que ninguém mais é capaz ? Temível Tífon devoradora de seres, você induz-me a isso. Nem no mais reservado lugar há paz em suas dependências , sorveteria dançante.
Saio vagando por todos os lados vendo que ninguém ouve o som que está por toda parte, somente eu. O que aconteceu comigo, diga-me Tífon ? Diga-me você, amiga, estou louco ?
O quê ?!
Não consigo compreender o que diz !
Não é possível ! Será assim ?
É pior, bem pior do que eu imaginava, amiga, bom seria até se apenas eu fosse louco. Tífon, você dominou a todos menos a mim, que pude ouvir o que mais ninguém conseguiu, dominados que estão. O delicioso som do silêncio presenciei no vazio que és por dentro, e assim percebi que o único são sou eu e também único capaz de lhe dizer: Por mais devoradora de homens que seja, eu estou aqui, vivo, eu e minha amiga consciência.
Demoníaca Tífon, Adeus.


quinta-feira, 19 de março de 2015

SOL

Série Emoções

Quando eu olho em meu redor
Tento procurar o sol
Mas ele está escondido
Atrás desse concreto
E lembro daqueles tempos
Em que ele estava no céu
Quando em vivas multicores
Estava feliz a reinar

Mas um dia haverá
Em que tudo irá se acabar
Não haverá mais concreto
E o sol poderá brilhar
Pois ele é importante
Sem ele podemos morrer
E no ocaso tão semblante
Sua glória vamos viver

Na beleza destes tempos
Vemos a arte de Deus
Que na sua sabedoria
Fez do sol olhos meus
E eu vi uma mão
Estender-se sobre nós
Dizendo Admirai-vos

Que este é o teu sol

terça-feira, 3 de março de 2015

O Amor

Série Emoções

Sempre no mundo existirão um par de olhos que se voltarão para uma pessoa, seja ela quem for ou como for. A beleza é relativa como o próprio homem. O que é feio hoje poderá amanhã ser belo, o que é mau tornar-se-á bom nesse mesmo amanhã. Po mais que o homem pesquise e desenvolva sua mente adquirindo conhecimentos, por mais que ele descubra seu mundo interior e exterior, jamais passará adiante do pouco que sabe sobre o maior e mais indecifrável mistério da terra, apesar de envolver toda a humanidade: o amor.
Todos o sentem e ninguém o compreende.
Todos o dizem (até eu) e não foram capazes de descrevê-lo.
Todos o anseiam e não percebem que já o possuem.
Todos são derrotados se o disputam como um prêmio.
Muitos o enxergam quando se vai.
Poucos só o enxergam quando se vai.
Poucos o  vêem enquanto existe e sentem sua falta.
Há os que o têm de sobra, sentindo na vida, na água ou na lua sua presença.
O bom o recebe de presente e o perverso nem que o compre terá.
O forte é por ele honrado e o fraco por ele amparado, porque o amor á volúvel como um líquido que preenche qualquer coração humano como a água qualquer copo. Basta, no entanto, que o copo não esteja tampado com a mão de quem o tem, uma vez que se assim estiver a água não penetrará de forma alguma mesmo que insista.
Ele é capaz de provocar as mais fervorosas lamúrias e as mais estridentes gargalhadas em quem o possui, ele aflora um sorriso e embute uma lágrima com a mesma eficiência que a voz da mãe tem no ouvido da criança travessa, confundindo seu efeito com o choro dela em seu coração. Bem se vê que o amor expressa os sentidos do homem das formas mais diversas, tal o aroma que se aproxima mais de nossa raiz primitiva unindo e fundindo os corpos nesse sentimento, qual o tato que torneia as esculturas e manifesta o amor curando e construindo. Contudo nem tudo é como pensamos.
Eu vi uma luz. E a luz que eu vi significa a vida de um homem e sua história. Falta-lhe o amor, diz a luz.
O amor é como um pássaro que voa atrás do verão guiado pelo puro instinto e a mercê da sorte divina. A vida de um homem é passar todo o seu tempo sem maldade, ele não sabe disso. O sino bate e ressoa o fim, pois o espírito desfaleceu sozinho como a carne vira pó. Só existe uma única coisa que pode salva-lo: o amor, abstrato espelho da vida.
Triste história
Ele faz por todos os meios tentar alcança-lo, porém não consegue e todos param a vê-lo debater-se sem conseguir traze-lo até si, e uma vez tão preto está e todos o vêm menos ele, provando nada mais que sua própria incapacidade espiritual.
O amor, simples e volátil como a água que hoje é água na infinitésima porção de uma gota até na magnitude dos maiores oceanos. Como será tua divina fonte e quais teus poderes, incrível sentimento humano que tem força num simples aperto de mão, ou num sacrifício próprio em nome do outro. Amor que faz o violino tocar tão maravilhosamente em solo isolado no meio das trevas, fazendo surgir luz. Ele é belo, o puro e inesgotável que habita os corações de quem sorri, de quem ajuda, de quem canta, de quem ama.
Incrível história.
Cante a Deus e ao amor, homem, por mil horas se necessário, ao primeiro por cria-lo e ao segundo por dar-lhe a felicidade em viver apenas por ele. Amar a própria vida já é a felicidade maior e a Deus por possui-la, assegurando-a eternamente.
Você ouviu, homem ? Alto e claro ? Sinta agora o que te penetra no peito ardentemente.
Sabe como se chama ?
O que disse até então não é suficiente para sequer tentar explicar esse sentimento inexplicável, porque não existem livros suficientes na terra onde caiba o que é o amor, nem mão de homem capaz de escreve-lo por completo. Durante minha vida apesar de tudo o que já teria escrito, por mais que escrevesse, nem que ficasse a vida inteira escrevendo milhões de palavras para definir o amor iria convencer-me cada vez mais de que amar é viver.

domingo, 1 de março de 2015

Emoções - Prefácio

É grande a emoção.
Realmente é muito grande.
Penso que é meu dever explicar a quem lê o que escrevo, o motivo de tudo. Poderia até ser dispensável, mas acho fundamental. Quero dizer o mais diretamente possível O QUÊ e POR QUÊ escrevi, para que todos comecem sabendo onde estão.
O que acabo de reunir e dar início nada mais é que um diário poético da minha vida e dos que me cercam. Um conteúdo de fatos concretos e fantasias, sofrimentos passados, momentos de angústia e alegria.
A história deste livro é relativamente curta. Começou no ano de 1979 quando escrevi minhas primeiras e mal escritas palavras intituladas “Sede de Amor” e então não parei mais. Assumo desde já a autoria das poesias insignificantes, se for esta a conclusão, mesmo porque não posso renega-las, são como filhos e trazem emoções especiais. O que eu escrevi não posso classificar unicamente de poesias, porque existem textos em prosa e até mesmo algumas composições mistas, coisas de momento, pois minha real intenção foi transmitir todo o meu sentimento, ruim ou bom para o papel. Penso que consegui, acho até que não fui devidamente claro nas palavras, mas tentei.
Sinto em cada título que percorro uma emoção especial, cheia de pureza e doçura como “De mim pra você”, ou então carregadas de tristeza e dor como “A Maldição”. Esses exemplos nos mostram como o papel serviu de espelho do meu interior espiritual, achei incrível lendo a montagem final. Há de se ressaltar um lado muito significativo de minha vida, inúmeras vezes retratado nesta coletânea, que são os textos referentes à minha devoção a Jesus Cristo. Digo até que foi uma verdadeira inspiração e um exemplo clássico em “O Mártir”.
É minha intenção mostrar ao leitor todos os lados possíveis da vida de um homem, tudo o que ele é capaz de sentir. São palavras e mais palavras pacientemente escolhidas e ordenadas da forma mais bonita que encontrei. Talvez não agrade a todos com as páginas a seguir, mas em virtude da variedade de temas, atmosferas e estilos que empreendi, alguma delas certamente tocará no fundo do coração de quem lê, e então terá valido a pena. Há também o lado cômico de minhas composições poéticas, algumas absurdas, outra ridiculamente engraçadas e aquelas que eu considero perfeitas e autenticamente nobres como “O Telefonema”.
Existe uma coisa que é inevitável de se adivinhar, fácil demais perceber para que lê página por página, que de todos os sentimentos mais profundos que descarreguei sobre o papel, um deles, O AMOR é evidente, e nada menos que 29 títulos referem-se em seu conteúdo a esse sentimento, em especial ao que nutri por uma pessoa fantástica, por quem me apaixonei. Os detalhes são descritos a seguir, uma surpresa para o leitor e, por que não, uma lição.
Faz-se necessária uma explicação sobre o texto intitulado “Conflito”, para quem não tenha conseguido entender, por tratar-se de um diálogo entre a consciência do bem representado pelo anjo, e a consciência do mal (ou do amor) representado pelo homem. A primeira pergunta é do mal, a resposta do bem. Igualmente para “Quando não dá mais” representa um diálogo homem-mulher.
Enfim, enfim, por trás de cada título existe uma longa história e não há como desvendá-la senão lendo um por um, e chegar ao fim com um sorriso nos lábios, certo que gostou.
Para mim, já que esta coletânea é o início do início, resta torcer para que as pessoas sintam o que senti, e assim saber que consegui o que me propus. Há uma longa estrada na minha frente a ser percorrida e já estou andando, deixo com vocês sete anos da minha vida, resumidos em momentos de pura inspiração e qualquer semelhança com o que já existir é mera coincidência, creiam.
Que a paz e a alegria sejam o grande fruto ao final destas páginas.



O AMOR COMEÇA E TERMINA NUNCA MAIS.  SERÁ ?