É grande a emoção.
Realmente é muito grande.
Penso que é meu dever explicar a quem lê o que
escrevo, o motivo de tudo. Poderia até ser dispensável, mas acho fundamental.
Quero dizer o mais diretamente possível O QUÊ e POR QUÊ escrevi, para que todos
comecem sabendo onde estão.
O que acabo de reunir e dar início nada mais é que
um diário poético da minha vida e dos que me cercam. Um conteúdo de fatos
concretos e fantasias, sofrimentos passados, momentos de angústia e alegria.
A história deste livro é relativamente curta.
Começou no ano de 1979 quando escrevi minhas primeiras e mal escritas palavras
intituladas “Sede de Amor” e então não parei mais. Assumo desde já a autoria
das poesias insignificantes, se for esta a conclusão, mesmo porque não posso
renega-las, são como filhos e trazem emoções especiais. O que eu escrevi não
posso classificar unicamente de poesias, porque existem textos em prosa e até
mesmo algumas composições mistas, coisas de momento, pois minha real intenção
foi transmitir todo o meu sentimento, ruim ou bom para o papel. Penso que
consegui, acho até que não fui devidamente claro nas palavras, mas tentei.
Sinto em cada título que percorro uma emoção
especial, cheia de pureza e doçura como “De mim pra você”, ou então carregadas
de tristeza e dor como “A Maldição”. Esses exemplos nos mostram como o papel
serviu de espelho do meu interior espiritual, achei incrível lendo a montagem
final. Há de se ressaltar um lado muito significativo de minha vida, inúmeras
vezes retratado nesta coletânea, que são os textos referentes à minha devoção a
Jesus Cristo. Digo até que foi uma verdadeira inspiração e um exemplo clássico
em “O Mártir”.
É minha intenção mostrar ao leitor todos os lados
possíveis da vida de um homem, tudo o que ele é capaz de sentir. São palavras e
mais palavras pacientemente escolhidas e ordenadas da forma mais bonita que
encontrei. Talvez não agrade a todos com as páginas a seguir, mas em virtude da
variedade de temas, atmosferas e estilos que empreendi, alguma delas certamente
tocará no fundo do coração de quem lê, e então terá valido a pena. Há também o
lado cômico de minhas composições poéticas, algumas absurdas, outra
ridiculamente engraçadas e aquelas que eu considero perfeitas e autenticamente
nobres como “O Telefonema”.
Existe uma coisa que é inevitável de se adivinhar,
fácil demais perceber para que lê página por página, que de todos os
sentimentos mais profundos que descarreguei sobre o papel, um deles, O AMOR é
evidente, e nada menos que 29 títulos referem-se em seu conteúdo a esse
sentimento, em especial ao que nutri por uma pessoa fantástica, por quem me
apaixonei. Os detalhes são descritos a seguir, uma surpresa para o leitor e,
por que não, uma lição.
Faz-se necessária uma explicação sobre o texto
intitulado “Conflito”, para quem não tenha conseguido entender, por tratar-se
de um diálogo entre a consciência do bem representado pelo anjo, e a
consciência do mal (ou do amor) representado pelo homem. A primeira pergunta é
do mal, a resposta do bem. Igualmente para “Quando não dá mais” representa um
diálogo homem-mulher.
Enfim, enfim, por trás de cada título existe uma longa
história e não há como desvendá-la senão lendo um por um, e chegar ao fim com
um sorriso nos lábios, certo que gostou.
Para mim, já que esta coletânea é o início do
início, resta torcer para que as pessoas sintam o que senti, e assim saber que
consegui o que me propus. Há uma longa estrada na minha frente a ser percorrida
e já estou andando, deixo com vocês sete anos da minha vida, resumidos em
momentos de pura inspiração e qualquer semelhança com o que já existir é mera
coincidência, creiam.
Que a paz e a alegria sejam o grande fruto ao final
destas páginas.
O AMOR COMEÇA E TERMINA NUNCA MAIS. SERÁ ?