sexta-feira, 24 de abril de 2015

Dia e Noite

Série Emoções

O sol vai nascer
E uma linda manhã se apresenta
Trazendo ainda um pouco de neblina
E aguardando apenas o galo cantar
A lua se foi
Deixando atrás de si um rio de estrelas
Ficando encoberta pela névoa
E prometendo que em breve voltará

Eu que tudo assisti estou tão só
Apenas o que quis foi ter você
Não me permito te lembrar assim
E na estrada quando vou na escuridão
A luz que me ilumina o coração
É que permite te ver dia e noite

O sol já nasceu
O movimento que se acentua
Me lembra que a vida continua
O jornaleiro me acorda com jornal
Tudo começou
O dia vai passando e esquentando
Ao meio-dia lembro seu sorriso
Dizendo que é hora de almoçar

Eu entardeci
E fui acompanhando o sol poente
E me considerava um doente
Apenas aguardando um grande funeral
Mas eu me lembrei
Que você admirava o fim da tarde
A chama no meu peito ainda arde
Quando chega o ocaso e eu me vou.

Vai anoitecer
E lá onde outrora veio o sol
Surge uma dama de vermelho
Que logo torna prata o teu olhar
Continuo aqui
Olhando esse céu tão estrelado
Que pode deixar-me até cansado
Esperando o seu rosto aparecer

Vai amanhecer
As estrelas do céu me dão bom dia
E o meu relógio diz que já é hora
De retornar ao mundo e viver
Mas quando voltar
Sei que vou perceber a sua ausência
E então chorar por toda a semana

Não vendo a hora de sonhar com você.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Sede de Amor

Série Emoções

Bem que eu queria imensamente voltar pra você,
Pois desde aquele dia em que você me deixou
Vivo numa amargura, não consigo lhe dizer-
Eu não posso mais viver sem você.
Venha, venha bem depressa que eu estou te esperando
Volte, volte correndo que eu te amo, meu amor !
Eu estou sofrendo muito desde a sua partida
Eu, só eu te adoro tanto
Vivo somente pensando em como você partiu
Lembro dos dias alegres que juntos passamos,
Nunca mais eu fui feliz desde quando você foi
Estou enlouquecendo por você, não posso viver tanto
Estou morrendo aos poucos, minha vida não é a mesma
Você é a minha vida.
Após tudo que passei você não pode negar-me o que peço
Por favor
Não, não me responda agora
Escute o que eu vou lhe dizer
Minha querida, minha amada, eu nunca te esquecerei
Se você mesmo me ama
Vai compreender
Pois digo com sinceridade
Eu te amo


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Reino da Consagração

Série Emoçoes

Dias de lamento
Dias de tormento
Amor em ódio virava
Melancolia em mim palpitava
Acontecia que o mundo
Em muitos poucos segundos
Pairava numa grande oração
Findava a heresia
Surgia a canção
Com todos prontos pra depor

Viva a aquarela
O susto acabou
O mundo não vive em tédio
E o que os dias diziam se provou
O reino da consagração
Semente do amor irmão
Que o Todo-Poderoso fez surgir
O paraíso eterno
E a felicidade
Dominavam a Terra então

Melodias lindas
Soavam nos ares
Água da vida jorrava
Em meio a tanta brandura e amor.
Sabedoria plena
Palco de alforria,
Era o homem que sempre dizia
O julgo dos novos rumos
Em fogo e vapor de fumo
O tempo difícil terminou.

domingo, 12 de abril de 2015

Vinde Natureza

Série Emoções


Sonha, natureza em flor
Canta com todo seu amor
Sinto o sol na pele clara
Um mergulho na água
Em meio ao céu azul

Verde, alegria no ar !
Vento tão calmo a soprar
Venha na doce primavera
A lua não espera
Nem o suave luar.

Flora, atende tua abelha
Para que ela possa
Fazer um tenro mel
Um passeio na praia
Ao som do mar aberto
Traz ondas de esperança
De um sonho igual a este


terça-feira, 7 de abril de 2015

País

Série Emoções

Não há país
Que por mais longe estar
Onde não haja uma canção
A melodia é
Sempre numa nação
Língua oficial da imaginação
Nasceu um tom
De onde ele vem ?
Da China ou do hemisfério sul
O que é certo sim
Seu canto vai fazer
Aquele que a fez um homem bem feliz
Mesmo assim
Qualquer que seja a voz
Ou o instrumento que a tocar
Em espanhol “Gracias”
Ou em inglês “My Friend”
Será a palavra de seu coração

Vamos dar as mãos
E nos olhar com ternura e amor
Ó meus irmãos !

Ó meus irmãos !

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Edital de Aniversário

Série Emoções

Um ano...um ano...conseguiu !
Se fosse somado tudo o que se aprendeu e subtraído tudo o que se sofreu, como daria ?
No espectro dessa passagem eu responderia sem hesitação: Aprendeu-se mais. Alguém poderia contestar negando minha afirmativa, julgando-a tola. No entanto esses seriam poucos e a afirmativa continuaria ecoando pelos ventos.
Mas o que se aprendeu ? O que se sofreu ? O que o homem fez ?
Talvez o homem tivesse aprendido a viver, ou crescer. Teria sentido na carne a ofensa por um erro... como se saberia ? Será que o homem adquiriu sabedoria, será que teve oportunidade para falar, será que esse é o mundo para ele ?
Quem vai responder ? Quem ?
Só ele que andou pelos quatro cantos pode contar. Só o homem se quou para poder manter-se pode responder. Só aquele que seguiu a sina de todos os que sofrem para depois aprender pode contestar, mais ninguém.
E se alguém vier a dizer-me que esse homem não é digno de tudo, perdoem-me pelo que posso fazer, mas sem dúvida replicaria. Replicaria como nunca ninguém replicou, pois aquele que foi somado e subtraído e cujo resultado merece todas as honras, tem o dever de repartir todo o montante ajuntado. Portanto o homem quem é ? Somos nós.



quarta-feira, 1 de abril de 2015

Filho Termonuclear

Série Emoções

No  chão nada cresce além de uma figueira vinda das terras do Brasil. E no ar aquele pó mortal que espalha tanta dor.
E cantam, pobres coitados, sós, tão desenganados.
Quando explodem o sol, o seu calor abrasa e cega sua luz. E o homem que o pariu dispõe-se a tudo destruir.
A morte está feliz e ri, ceifa nossas vidas.
No ano de dois mil e um não haverá quem diga que tudo existiu. E a lei será de quem for forte e retardar o fim.
O mundo virou deserto e seco, gélido e sem vida.
Mas então...
Mas então tudo mudou e o que eles nunca previram aconteceu no Amazonas onde restaram um homem e uma mulher que es esconderam, livres da poluição, onde puderam respirar. Ali criaram os novos homens alterados na genética pela radioatividade, capazes de possuir dons e poderes absurdos entre nós, comuns entre si. Homens únicos no planeta, privilegiados, culpados pelas dores dos antepassados e dispostos a pactuar entre si garantindo a paz.
Até quando ? Até quando ?
Notícia fria de uma manchete de jornal, compreensível paranóia do intelectual tentando reviver a aventura de Adão e Eva. Inútil, nem sequer a Amazonia existe mais...

Impossível no legado da humanidade
Algum ser sobrevivente
Porque seria fruto da caridade
De um Deus Onipotente

E mesmo possuidor de inteligência
Homem igual nunca mais
Que abandonasse sua ciência
Para venerar a paz.

Tudo é frio e escuro na Terra
Não há mais água nem pão
Provando que Ele não erra
Como dói o coração !

Saber que tudo aconteceu
E que somos mais culpados que eles
Matando o que não nasceu
Para criar o pior deles

Unicamente na história
Jamais se terá memória
Da necessidade em matar

O Filho Termonuclear